Beatriz Pereira Torres, de 52 anos, compareceu na Delegacia de Homicídios de Maringá no fim da manhã desta segunda-feira (6) juntamente com a advogada e confessou ter matado o marido, Adalton Rogério Torres, de 56 anos, investigador da Polícia Civil. Durante seu interrogatório, Beatriz contou com detalhes e o motivo pelo qual tirou a vida do esposo. No último domingo (5), Adalton teve um desentendimento com a esposa. Houve agressão e até o envolvimento com o único filho do casal que foi defender a mãe. A briga foi parar na delegacia onde Beatriz registrou um boletim de ocorrência. Adalton estava tão transtornado que chegou efetuar disparos de arma de fogo no pátio da 9ª SDP. Os amigos de profissão vendo o risco de acontecer uma tragédia recolheram a pistola que o policial usava no trabalho. A esposa e o filho, John Klayton Torres, de 34 anos, não dormiram em casa após terem saído da delegacia. Já o policial civil foi pra sua casa na Rua das Margaridas, Jardim Maravilha. Na madrugada desta segunda-feira (6), a esposa foi até a casa onde morava com o marido e pegou uma das armas que Adalton tinha guardada e atirou três vezes no policial atingindo dois tiros no peito e outro na cabeça. Após matar o marido, Beatriz teria confessado o crime para uma amiga que acionou a Polícia Civil que imediatamente compareceu no local. Adalton estava deitado na cama já em óbito. Dois revólveres calibre 22 e 357 foram achados ao lado do corpo. O filho do casal que em tese teria participado do crime se escondeu em um quarto de motel na cidade de Sarandi onde horas depois foi localizado pela polícia. Beatriz quando chegou na delegacia estava com os olhos roxos de apanhar do marido, bem abalada, emocionada e ao mesmo tempo aliviada. A esposa disse ao delegado Diego Almeida, que viveu 37 anos sofrendo nas mãos do marido. "Em todos esses anos apanhei, e se eu tentasse procurar a polícia sofria mais ainda", disse Beatriz. No depoimento a mulher ainda disse que Adalton colocava a arma apontada em sua cabeça em algumas discussões, fazendo a "roleta russa". Após ser interrogada, o delegado liberou a esposa do policial para responder o crime em liberdade. O filho do casal também prestou depoimento e foi liberado. John Klayton estava muito abalado e chegou a ser carregado da delegacia. Adalton entrou para a Polícia Civil quando tinha 19 anos. Já passou pela seção de furtos e roubos, mas depois que dois amigos policiais morreram em Maringá acabou pedindo para trabalhar em outras áreas na delegacia. O corpo do policial civil Adalton Torres será velado na Capela do Prever do Cemitério Parque a partir das 19:30 horas.
06/03/2017 00:01
04/07/2023 17:40
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