Diarista que matou português é condenada a 20 anos de prisão

O julgamento da diarista Lenice Mariano Pereira, de 40 anos, acusada de matar o agropecuarista Garcia Pereira Marques, de 61, executado a tiros em maio do ano passado, em Maringá, aconteceu no Fórum na última terça-feira (29). Enquanto a acusação pedia a condenação por homicídio doloso qualificado (mediante pagamento de recompensa) e agravado por dissimulação, a defesa argumentava que a diarista não teria participado do crime.

Em sentença proferida por volta das 20h, Lenice foi condenada a 20 anos de prisão em regime fechado. A ré foi condenada em 15 anos por homicídio duplamente qualificado e cinco anos pela dissimulação. Ela foi absolvida da ocultação de cadáver e da falsa comunicação de crime.

A sessão presidida pela juíza Suzie Caproni Ferreira Fortes, teve início às 8h30 com o depoimento dos policiais responsáveis pela elucidação do crime. O embate entre acusação e defesa ocorreu no período da tarde. Centrado nos autos, o promotor Sandro Alex Hannickel, que recebeu a assistência do advogado Israel Batista de Moura, expôs aos jurados que o crime teve motivação financeira, agravado pelo fato de a vítima descobrir que o irmão, o médico Manoel Pereira Marques, 64, havia desviado parte da herança da família.

A defesa, patrocinada pelo criminalista Aristóteles Rondon Gomes, de Sarandi, usou o tempo para convencer os jurados de que os autos não apresentavam provas efetivas da participação de Lenice no homicídio e chegou a colocar em dúvida a acusação feita pelo intermediador do crime, Cosme Alexandre Bombachini, 33, genro da vítima. Lenice trabalhava na época dos fatos na casa de Cosme Bombachini.

Lenice Mariano Pereira, de 40 anos, que está presa em um complexo feminino na região metropolitana de Curitiba já foi conduzida do Fórum de Maringá direto para a penitenciária onde ficará presa para pagar sua condenação. Está marcado para acontecer no mês de setembro o julgamento de Daiane Elias Luz, de 29 anos, que teve participação no crime. De acordo com a polícia, Daiane que era amiga de Lenice dirigiu seu carro no dia do fato e levou a autora do assassinato para cometer o crime. Já os julgamentos de Cosme Bombachini e do médico Manoel Pereira Marques, não tem data definida para o júri.