O julgamento de Aparecido Alves da Silva, de 54 anos, que começou na manhã de terça-feira (18), terminou por volta de 4h30 da manhã desta quarta-feira (19) com a condenação do réu. O empresário Aparecido foi condenado em 19 anos e 9 meses de prisão pela morte da esposa Célia Simone Ligeiro da Silva, 41 anos, e pela tentativa de homicídio contra o filho que na época tinha 16 anos, que chegou a tentar impedir o crime contra a mãe e foi baleado.
A Juíza Suzie Caproni Ferreira Fortes, foi quem presidiu a sessão e quem leu a sentença da condenação do réu. A Juíza esteve acompanhada do Promotor de Justiça, Robertson Fonseca de Azevedo, e da Assistente de Acusação, Renata Teles de Souza. O corpo de jurados foi formado por sete homens. Os sete condenaram Aparecido Alves.
Aparecido Alves da Silva saiu algemado do plenário da Câmara de Vereadores de Mandaguaçu onde aconteceu o julgamento. O réu volta para a cadeia para cumprir a pena. A família de Célia Simone que vestiu camisetas com a frase "Pelo fim da violência contra a mulher", queria justiça, e saíram satisfeitos com a condenação.
O crime ocorreu em dia 20 de outubro no condominio residencial em Mandaguaçu que fica localizado às margens da BR-376. Depois de uma discussão entre o casal, o empresário usou um revólver para matar a esposa. Na discussão, o filho do casal tentou defender a mãe das agressões, no entanto também foi baleado na virilha e na perna. A mãe foi atingida no peito e morreu ao dar entrada no pronto socorro do Hospital Santa Rita de Maringá.
O suspeito tentou fugir do condomínio mas foi detido por policiais militares de Mandaguaçu. Um revólver calibre 38 foi apreendido em posse de Aparecido. O motivo que levou o marido cometer o crime foi o ciúme que o homem tinha da mulher. O filho do casal que foi o primeiro a ser ouvido no julgamento contou que o pai não deixava faltar nada na casa, mas por outro lado era ciumento, agressivo e possessivo.
O filho chegou a relatar que o pai tinha ciúme de qualquer homem que chegasse próximo de Célia. O jovem chegou a fazer tratamento psicológico logo após a morte da mãe. Familiares de Célia disseram que Frederico não consegue dormir direito até hoje. "Qualquer barulho de bomba ele fica assustado", disse uma das irmãs de Célia.
O advogado Clayton Eduardo Gomes, que defendeu Aparecido, disse durante o julgamento que o réu sofreu um surto psicótico, e que na época do crime Aparecido tinha problemas mentais que foram comprovados por laudos médicos. Os advogados de defesa devem recorrer da decisão do júri.
19/12/2018 00:01
04/07/2023 17:40
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