Uma mulher de 38 anos foi visitar seu filho que está preso na Casa de Custódia de Maringá (CCM) e saiu algemada. O caso aconteceu na sexta-feira (5) quando a mulher foi passar pelo aparelho "Body Scanner", equipamento recentemente instalado no presídio. O aparelho acionou várias vezes deixando agentes de cadeia em dúvida em relação a mulher que pretendia entrar para visitar o filho.
O procedimento adotado pela direção da CCM foi levar a mãe do presidiário para realizar exames no Hospital Universitário de Maringá. A mulher foi algemada por policiais militares e colocada na viatura. Ela disse que chegou a dizer ainda no presídio que não tinha drogas dentro de seu corpo, mesmo assim a levaram para o hospital.
Nas dependências do H.U, uma policial feminina revistou e fez toques nas partes íntimas da suspeita. Após nada localizado, a mulher ainda fez passou por uma exame de tomografia computadorizada do abdômen onde o resultado deu negativo. O laudo diz que não foi caracterizado corpo estranho da mulher. O exame foi assinado pelo médico João Vitor Ribeiro, do Hospital Universitário.
A mãe do presidiário se sentiu humilhada alegando inclusive que ficou horas algemada dentro das dependências do H.U. "Passei muita vergonha, nunca passei ou tentei passar drogas para meu filho, ele está preso porque cometeu um crime, mas eu sou mãe, tenho o direito de visitar meu filho", disse a mulher. Ela ainda declarou que já teve vários problemas no coração, toma remédio controlado, e agora passou por humilhação e constrangimento.
A direção da Casa de Custódia de Maringá não quis gravar entrevista. O repórter André Almenara foi atendido por um agente de cadeia que explicou que o procedimento é de praxe, e que depois de não constatado nada no corpo da mulher, ela foi liberada. O agente ainda disse que no mesmo dia outras seis mulheres foram detectadas pelo aparelho portando drogas. As suspeitas foram encaminhadas para a delegacia de Polícia Civil de Maringá.
10/04/2019 00:01
04/07/2023 17:40
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