Forças policiais de Maringá e Sarandi prendem criminosos envolvidos na morte do PM

O motivo da morte do soldado Juliedes Nunes, de 37 anos, é porque estaria ‘incomodando’ traficantes de um bairro próximo ao Vale Azul em Sarandi. “Mesmo de folga, ele tentava combater o tráfico na região e isso, infelizmente, acarretou com a morte do nosso policial após uma emboscada”, disse o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Ademar Paschoal.

O soldado foi atingido por mais de dez disparos na madrugada de quinta-feira na rua Santa Catarina, no Vale Azul. No local do crime a polícia encontrou 20 cápsulas de munição 380. Juliedes foi vítima de uma emboscada. A pessoa que atraiu o soldado até o local do assassinato é Débora dos Santos Alves, de 24 anos, conhecida do policial militar.

Eles tinham uma relação de amizade e ela ligou para o policial para pedir uma carona. Ao mesmo tempo, Débora avisou aos assassinos dizendo que o soldado da PM passaria pela rua Santa Catarina. De acordo com informações da polícia, Débora estava junto no momento em que o policial foi executado. 

As Forças de Segurança de Sarandi e Maringá se uniram nas investigações e conseguiram prender Maicon Douglas Siqueira, de 20 anos, apontado como sendo o executor do crime contra o soldado Juliedes. Maicon é morador do Conjunto Cidade Alta 2. No momento da abordagem, Douglas teria pego um bebê no colo com medo de ser morto pelos policiais.

Maicon disse ao repórter André Almenara que não teve participação na morte do soldado, e que apenas seu padrasto era amigo do policial militar. Outras diligências foram feitas para prender Ezequias de Melo Siqueira, de 18 anos, o vulgo "Tide". Ezequias foi apresentado na manhã desta sexta-feira (26) pelo advogado Marcos Cristiani da Costa. O suspeito também nega participação no crime.

O Comandante da Polícia Militar, Ademar Paschoal, disse que nas próximas horas outros suspeitos poderão ser presos. "Temos equipes nas ruas tentando localizar outros integrantes e a arma de fogo usada para matar o policial", disse Paschoal. O delegado-chefe da Polícia Civil, Adão Rodrigues, disse que as Forças de Segurança não vão aceitar esse tipo de crime na cidade ou na região.