O médico cardiologista Manuel Pereira Marques, de 67 anos, foi absolvido de uma acusação de ser mandante do assassinato do próprio irmão, o fazendeiro Garcia Pereira Marques, de 62 anos. O Ministério Público pediu ao corpo de jurados a absolvição do réu por falta de provas.
No início da noite desta quarta-feira (2), o promotor de justiça, Antônio Euris Boton Júnior, se dirigiu ao corpo de jurados para que o réu não fosse condenado. O julgamento do médico começou por volta de 9h00 da manhã com o depoimento de um policial que participou da investigação.
Das 11 testemunhas intimadas para o júri, apenas 4 foram ouvidas pelo juiz de direito, Rafael Altoé, que presidiu a sessão. Durante o júri, o réu disse que tinha sim divergências com o irmão, mas que não tinha nenhuma razão para mandar matar o Garcia.
Os advogados de defesa de Manuel Garcia também pediam a absolvição. Após o pronunciamento do juiz de direito, os advogados Adriano Sérgio Nunes Bretas, Juliana Colle Bretas e Edson Facci, saíram satisfeitos com a decisão do promotor. "O importante que a justiça foi feita e meu cliente está em liberdade", disse Bretas.Relembre o casoNo dia 1 de maio de 2016, a Polícia Militar de Maringá localiza o corpo do português Garcia Pereira Marques, de 62 anos, em uma estrada secundária no final da Avenida Mandacaru. Na época do crime, o genro da vítima, Cosme Alexandre Bombachini, de 34 anos, registrou um boletim de ocorrência de roubo e sequestro.
Bombachini declarou à época que havia levado o sogro até uma farmácia para comprar remédio quando um carro escuro parou ao lado, e um bandido armado teria ordenado para que o motorista parasse o veículo. O genro ainda disse que houve uma perseguição, mas a Polícia Civil descobriu através de imagens que a versão era mentirosa.
Na conclusão do inquérito feito pela Delegacia de Homicídios, a investigação apontou que Cosme Alexandre Bombachini, a diarista Lenice Mariano Pereira, de 39 anos, e Daiane Elias Luz, de 29 anos, amiga de Lenice, tinham envolvimento na morte do Garcia.
O mandante do crime seria o médico, a Lenice seria a autora dos disparos que mataram a vítima, e Daiane que dirigiu o carro. Alexandre Bombachini foi julgado em junho de 2018 e condenado a 14 anos de prisão em regime fechado pelo crime.
Em agosto de 2017, a diarista Lenice Mariano que trabalhava na casa de Bombachini, foi condenada a 20 anos de prisão por homicídio qualificado, sendo apontada como a pessoa que atirou e matou o fazendeiro Garcia Pereira Marques.
Manuel Pereira chegou a ser preso na cidade de Salto, São Paulo, no mesmo ano da morte do irmão. O médico foi trazido para Maringá onde ficou preso no Quarto Batalhão de Polícia Militar. Em julho de 2018, Manuel foi colocado em liberdade após um habeas corpus. Na época, o advogado maringaense Gustavo Pagani, fazia a defesa.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o cardiologista teria oferecido R$ 1 milhão para que o genro da vítima cometesse o homicídio. Os irmãos disputavam uma herança familiar que ultrapassava R$ 10 milhões. Bombachini então que morava junto com o sogro decidiu planejar o crime oferecendo dinheiro para a diarista.
A única que ainda não foi à júri popular é Daiane Luz que teve participação na morte do português.
Publicado em:
02/10/2019 20:59
02/10/2019 20:59
Atualizado em:
04/07/2023 17:40
04/07/2023 17:40
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